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ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE PRÉ-AQUECIMENTO NA FORMAÇÃO DE MICROFASES EM CORDÃO DE SOLDA OBTIDO PELO PROCESSO DE SOLDAGEM À ARCO ELÉTRICO COM PROTEÇÃO GASOSA E ARAME CONSUMÍVEL 

Gilmânia Gerage da Silva e Yukio Kobayashi  


Resumo: O trabalho consiste em analisar a influência da temperatura de pré-aquecimento na formação de microfases no metal de solda e relacioná-las com a resistência ao impacto do mesmo. As propriedades mecânicas do metal de solda são o resultado do relacionamento entre a composição química com a microestrutura da solda. Os cordões de solda são constituídos de regiões com microestruturas no estado bruto de solidificação, onde a ocorrência do constituinte AM (Austenita-Martensita) é freqüente, sendo muitas vezes controladora de sua tenacidade. Denomina-se microestrutura AM ou microfases, as regiões de dimensões microscópicas presentes nos aços carbono (C-Mn) e baixa liga, constituídas de células de austenita estabilizada. A denominação austenita-martensita para tal microconstituinte é devido à presença em altos teores de martensita nessas ilhas de austenita. Uma das finalidades do pré-aquecimento é reduzir a velocidade de resfriamento durante a operação de soldagem com a finalidade de modificar a microestrutura do cordão de solda. Utilizou-se o processo de soldagem a arco elétrico com proteção gasosa, arco pulsado e arame tubular. A soldagem foi feita em um único passe em chapa de aço estrutural resistente a corrosão atmosférica com chanfro em "V", ângulo 50° e profundidade de 8mm. Como metal de adição foi utilizado o eletrodo tubular E 80 T1-W. Houve uma redução da quantidade de microfases com o aumento da temperatura de pré-aquecimento, e por fim ocorreu uma melhora na propriedade de impacto nos cordões de solda que obtiveram uma redução das microfases devido ao aumento da temperatura de pré-aquecimento.