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APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS CERÂMICAS NO TORNEAMENTO DE CILINDROS LAMINADORES 

Marcos Valério Ribeiro, Ernesto Pedro Malère e João Carlos Ribeiro  


Resumo: As ferramentas de cerâmica constituem apenas 5% do mercado total de ferramentas de usinagem. A velocidade de corte é a influência dominante sobre a temperatura da ferramenta; materiais de corte com melhor resistência a quente permitem maiores taxas de produtividade porque permitem maiores velocidades de corte. Apesar da maior vida de corte e velocidade que os insertos de cerâmica permitem com relação ao metal duro comum ou revestido (inclusive pelo fato de serem reafiáveis), sua maior tendência à fratura (e a aleatoriedade desta) têm restringido sua aplicação em usinagem. Vários tipos de cerâmica têm sido utilizados, mas apenas duas estão em uso corrente: a base de alumina (mais resistente ao desgaste) e a base de nitreto de silício (mais resistente à fratura). A forma alongada do grão de nitreto de silício, colabora com essa tenacidade (elevada razão de aspecto). O maior problema das cerâmicas, e que limita sua aplicação mais ampla, é a falta de tenacidade; o que resulta em quebra e lascamento. O ideal é que a cerâmica desgaste por abrasão ou desgaste químico. Para aplicar cerâmicas, a máquina ferramenta deve ser capaz de operar em alta velocidade sem vibrações indevidas. O objetivo deste trabalho é demonstrar a aplicabilidade das ferramentas de cerâmica ao torneamento de ferros fundidos e aços de alta resistência ao desgaste e alta resistência mecânica, utilizados na confecção de cilindros laminadores, estruturando e fixando o conhecimento adquirido em uma implantação prática industrial.